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Rede Solidária de Mulheres realiza oficinas de agroecologia em escolas de Aracaju e Estância

A Rede Solidária de Mulheres, projeto realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM), firmou parcerias para o ano de 2022 com o Centro de Excelência Profº José Carlos de Souza, em Aracaju, e a Escola Municipal Dr. Pedro Soares, no povoado Ribuleirinha, em Estância.

Nos dois ambientes escolares serão realizadas oficinas de agroecologia, já na Escola Municipal Dr. Pedro Soares, além das atividades agroecológicas, também serão realizadas oficinas de processamento e aproveitamento total de alimentos. As atividades têm como público alvo os alunos e alunas matriculadas e também as mães das crianças e adolescentes.

Agroecologia nas escolas

No Centro de Excelência Profº José Carlos de Souza, a proposta foi feita pelo professor de Geografia, Mário Jorge, convidando a engenheira florestal do Projeto, Alyne Fontes, a acompanhar os alunos na construção de composteiras e o plantio do pomar dentro do colégio. Para isso, o professor convidou também os estagiários do PIBIC da UFS, que já acompanham as aulas ministradas por Mário Jorge, para integrar a equipe que vai realizar as atividades no momento de retorno das aulas. Além dos alunos, as mães dos estudantes serão convidadas a participar e construir o projeto junto com a equipe.

“Essa parceria com as escolas tanto de Aracaju, como de outros municípios, é sempre uma alegria para o Projeto Rede. Isso porque a gente pode compartilhar todo o conhecimento adquirido com as comunidades que fazem parte do projeto com outras pessoas. É importante ter esse contato com outros contextos e pessoas para aprimorar ainda mais nosso desenvolvimento. Então, quando conseguimos concretizar essas parcerias, ficamos muito animadas e nossa equipe muito empolgada para fazer acontecer”, disse Mirsa Barreto, coordenadora do Projeto Rede Solidária de Mulheres.

Já em uma primeira visita, em dezembro de 2021, os alunos e alunas puderam conhecer mais a engenheira florestal Alyne e juntos fizeram o plantio de uma amoreira de forma simbólica, dando o pontapé inicial para a integração durante o projeto. Alyne também conversou com a diretora do Centro de Excelência, Andréa Santos Ribeiro, que aprova as atividades e se comprometeu a dar o suporte necessário para que o projeto aconteça no ambiente escolar.

O Centro de Excelência Professor José Carlos Souza já realiza atividades com caráter ambiental, a exemplo da construção de uma horta com os alunos. O professor Mário Jorge explica que “essa retomada é muito importante porque a horta encontra-se desativada pelo esvaziamento da escola durante a pandemia, mas com o retorno das aulas presenciais, as atividades serão reiniciadas e ampliadas com o trabalho conjunto com a Rede Solidária”.

Trabalho com as famílias dos estudantes

A proposta apresentada pela Rede à Escola Municipal Dr. Pedro Soares, no povoado Ribuleirinha (Estância), é a de trabalhar com as mães dos alunos e as merendeiras do colégio os conceitos de processamento e aproveitamento integral dos alimentos. Além disso, a proposta também é de construir uma horta e um pomar que serão usados de forma comunitária pelas famílias dos estudantes.

De acordo com a diretora da escola, Elisana Soares Silva Calixto, a proposta é bem-vinda tanto para a escola quanto para a comunidade. “É um projeto educativo, que estimula as pessoas no desenvolvimento pessoal e profissional. Por isso, a escola está de portas abertas para receber esse projeto e os outros que estão por vir”, afirmou.

Para Alyne Fontes, engenheira florestal do Projeto Rede Solidária de Mulheres, a construção desses espaços de interação entre os estudantes e suas famílias com a terra e o plantio é a parte mais importante das oficinas. “Eu acredito que as atividades práticas despertam maior interesse e curiosidade das crianças e adolescentes. Nas oficinas de agroecologia os alunos irão plantar um pomar na escola, aprender a cultivar sob a ótica agroecológica, entendendo a importância da biodiversidade e preservação do solo. Com isso, pretendemos estimular o consumo de alimentos saudáveis por parte das famílias, a valorização e a utilização dos alimentos regionais da comunidade. A intenção é que possamos colher no futuro saúde, soberania alimentar e qualidade de vida”, disse Alyne.

A previsão é que as atividades no Centro de Excelência Profº José Carlos de Souza iniciem junto com as aulas presenciais ainda em fevereiro de 2022. Já na Escola Municipal Dr. Pedro Soares, as reuniões para garantir o início do projeto ainda vão ocorrer até o fim do primeiro trimestre. Os projetos serão ministrados pela engenheira florestal, Alyne Fontes, e pela engenheira de alimentos, Tuânia Soares, que integram a equipe da Rede Solidária de Mulheres.