Entre os dias 15 e 17 de dezembro, a Rede Solidária de Mulheres, projeto realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai) em convênio com a Petrobras e apoio da Universidade Federal de Sergipe e do Movimento das Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM), realizará o seu primeiro seminário de auto-organização dessa nova fase do projeto.
O “Seminário de Organização e Práticas Sociais” será a primeira atividade na nova sede da Rede Solidária em Aracaju, marcando oficialmente a retomada das atividades presenciais do projeto, seguindo os protocolos de segurança apresentado no último dia 30 de novembro no webinário “Prevenção à COVID-19: orientações para realização das atividades do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe”.
A proposta é promover um encontro entre as mulheres que fazem parte das associações que compõem o projeto, e que se localizam nos sete municípios sergipanos de área de atuação da Rede, para atividades culturais e discussões de organização e fortalecimento coletivo.
“Esse encontro é fundamental para retomar a articulação das mulheres e também para receber o afeto solidário entre elas presencialmente. Mesmo com todas as medidas de segurança sendo rigorosamente seguidas, garantir esse encontro presencial com atividades culturais, sociais e políticas é também uma forma de reavivar a dinâmica das mulheres para as ações que estão por vir”, disse Mirsa Barreto, coordenadora do Projeto.
Dentro da programação, Kaippe Reis, produtor audiovisual e integrante da equipe de comunicação do Projeto Rede Solidária, realizará uma oficina de fanzine, cujo objetivo é construir “O Estatuto da Solidariedade” que reunirá um conjunto de valores e compromissos coletivos das mulheres da Rede. Tudo isso será feito pelas mulheres, através de uma metodologia participativa, com textos, colagem e poemas reunindo todas as possibilidades que a técnica do fanzine pode oferecer.
“Historicamente, o zine [fanzine] é um objeto de resistência, e a oficina vai ser uma deliberação de tudo que foi pensado dentro desses espaços e criar um estatuto das mulheres com a poesia como base. Elas vão criar um estatuto a partir das experiências que tiveram, compreendendo também as ações nessa nova fase do projeto. O zine é uma possibilidade de elas mesmas estarem produzindo através de uma nova ferramenta, onde elas possam pensar não apenas no que fazer, mas em como fazer, dando fruição criativa para elas produzirem esse estatuto a partir das próprias mãos”, explicou Kaippe Reis.
Todo o seminário contará com cobertura através das redes sociais da Rede Solidária de Mulheres de Sergipe. As atividades iniciam às 8h da manhã do próximo dia 15 e a previsão é que se encerrem às 14h do dia 17, seguindo a seguinte programação:
Seminário De Organização E Práticas Sociais
Dia 15/12
8h – Recepção
10h – Dinâmica de acolhimento
12h – Almoço
14h – Análise de conjuntura no campo e na cidade – Nossa vida, nossos tempos com Cláudia Oliveira (CUT/SE)
15h30 – Café com debate
17h – Projeção de videoclipes
18h – Jantar
Dia 16/12
8h – Dinâmica
8h30 – Avaliação de atividades
9h – Exibição do documentário “Ágora” (2021, Dir.: Bruna Noveli e Luli Morante)
9h30 – Debate com Alma Rô E Luli Morante sobre coletividade
12h – Almoço
14h – Instrumentos de organização social com Mirsa Barreto e Rita Simone
17h20 – Debate
18h – Jantar
Dia 17/12
8h – Avaliação das atividades
8h30 – Comunicação falada, escrita e desenhada em fanzines com Kaippe Reis
10h – Música, poesia e arrasta pé protegido com Joaquim Casaca de Couro
12h – Almoço
14h – Retorno das mulheres aos seus municípios
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